Farense capa

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terça-feira, 1 de setembro de 2015

João Alves




Melhor momento foi a permanência conseguida em Alverca”

Quantos Farenses somos? - Olá, mister João Alves. Já passaram bastantes anos desde que saiu do Farense, que é feito de si actualmente?

João Alves – Actualmente, encontro-me desempregado.

QFS – E tem acompanhado o percurso do Farense nestes anos?

JA – Sim.

QFS – Que perspectiva para a equipa esta época? Acha que é possível pensar na subida à I Liga, passados tantos anos, ou ainda é cedo para isso?

JA – Ainda é cedo para dar uma opinião bem fundamentada.



 

QFS – Chegou ao Farense em 98/99, aos 46 anos, depois de já ter passado por vários clubes como treinador – ganhou, inclusive, uma Taça de Portugal pelo Estrela da Amadora... ao Farense. Como se deu esse ingresso no Farense, ainda por cima para substituir o histórico Paco Fortes?

JA – O Farense estava mal posicionado na tabela e surgiu o convite normal destas situações.

QFS – Conseguiu terminar essa temporada em 11º lugar, de forma relativamente tranquila. Ficou de alguma forma surpreendido pelo que encontrou no clube, ou tudo foi ao encontro das suas expectativas?

JA – Tudo correu dentro da normalidade.

QFS – Permaneceu para 99/00, mas saiu a meio da época. Porquê?

JA – É uma história difícil de explicar.

QFS – É público que o Farense ainda tem uma dívida monetária para consigo, a qual se encontra agora a sanar, supostamente. Corresponde à verdade?

JA Isso são questões privadas.

QFS – Como explica o arrastar desse processo por tantos anos?

JA – Volto a frisar que são questões privadas.

QFS – Muitos adeptos ainda hoje tentam perceber o que se passou com quem geria o clube nessa altura, nomeadamente os irmãos Hidalgo...

JAIsso vão ter que perguntar a quem geria o clube.

QFS – Quais os melhores momentos que passou/que mais recorda ao serviço do Farense?

JA – Quando em Alverca ganhámos 3-1 e garantimos a permanência na 1ª divisão a várias jornadas do final do campeonato.


Fiquei com o Farense no coração”

QFS – Já voltou a Faro depois de ter saído? Foi bem recebido?

JAClaro que sim.

QFS – Ainda se lembra das equipas-tipo que utilizou nessas épocas?

JA – Sim. Não havia muitos jogadores...

QFS – Quais os melhores jogadores que orientou no Farense?

JA – Orientei um excelente lote de jogadores mas posso salientar António Gouveia, Besirovic, João Oliveira Pinto, Eugénio, Miguel Serôdio, Hajry, Marco Nuno, Carlos Costa, entre outros.

QFS – E sem ser do Farense?

JA – Foram tantos…

QFS – Ainda mantém contacto com alguém dessa passagem pelo S. Luís?

JASim, com alguns ex-funcionários.

QFS – Apesar dos problemas extra-futebol por que passou no Farense, ficou com o clube no coração?

JAClaro que sim.

QFS – Recorda com saudade o apoio dos adeptos?

JAObviamente que sim. Fui sempre bem tratado.




QFS – Além do Farense, quais os clubes que mais gostou de treinar?

JA – Todos deixaram boas recordações.

QFS – Está há alguns anos afastado do futebol, especialmente da alta roda do futebol português. Porquê?

JA – Porque estive a treinar um dos grandes clubes do futebol suíço, o Servette.


O Farense é um clube com uma mística especial”




QFS – Antes da carreira de treinador, o João Alves teve uma brilhante carreira como jogador – um dos melhores portugueses dos anos 70 e 80, um dos primeiros a jogar no estrangeiro... Sente o reconhecimento do público ainda hoje?

JA – Claro que sim.

QFS – Quais os melhores jogadores com quem jogou?

JA – Joguei com grandes jogadores em vários clubes em Portugal, Espanha e França e seria injusto destacar alguém.

QFS – Como se descreve enquanto treinador? Qual é o seu perfil de técnico?

JA – Gosto pouco de falar de mim. Prefiro que sejam os outros a fazê-lo.

QFS – Por último, gostaria de deixar uma mensagem para os adeptos do Farense?

JA – Faro é uma grande cidade, onde as pessoas gostam de futebol, e o Farense é um clube com uma mística especial. Por isso, prevejo, mais cedo ou mais tarde, que volte para o lugar onde deve estar.


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