“Melhor momento
foi a permanência conseguida em Alverca”
Quantos
Farenses somos? - Olá, mister João Alves. Já passaram bastantes
anos desde que saiu do Farense, que é feito de si actualmente?
João
Alves – Actualmente, encontro-me desempregado.
QFS
– E tem acompanhado o percurso do Farense nestes anos?
JA
– Sim.
QFS
– Que perspectiva para a equipa esta época? Acha que é possível
pensar na subida à I Liga, passados tantos anos, ou ainda é cedo
para isso?
JA
– Ainda
é cedo para dar uma opinião bem fundamentada.
QFS
– Chegou ao Farense em 98/99, aos 46 anos, depois de já ter
passado por vários clubes como treinador – ganhou, inclusive, uma
Taça de Portugal pelo Estrela da Amadora... ao Farense. Como se deu
esse ingresso no Farense, ainda por cima para substituir o histórico
Paco Fortes?
JA
– O
Farense estava mal posicionado na tabela e surgiu o convite normal
destas situações.
QFS
– Conseguiu terminar essa temporada em 11º lugar, de forma
relativamente tranquila. Ficou de alguma forma surpreendido pelo que
encontrou no clube, ou tudo foi ao encontro das suas expectativas?
JA
– Tudo
correu dentro da normalidade.
QFS
– Permaneceu para 99/00, mas saiu a meio da época. Porquê?
JA
– É
uma história difícil de explicar.
QFS
– É público que o Farense ainda tem uma dívida monetária para
consigo, a qual se encontra agora a sanar, supostamente. Corresponde
à verdade?
JA
–
Isso
são questões privadas.
QFS
– Como explica o arrastar desse processo por tantos anos?
JA
– Volto
a frisar que são questões privadas.
QFS
– Muitos adeptos ainda hoje tentam perceber o que se passou com
quem geria o clube nessa altura, nomeadamente os irmãos Hidalgo...
JA
– Isso
vão ter que perguntar a quem geria o clube.
QFS
– Quais os melhores momentos que passou/que mais recorda ao serviço
do Farense?
JA
– Quando
em Alverca ganhámos 3-1 e garantimos a permanência na 1ª divisão
a várias jornadas do final do campeonato.
“Fiquei
com o Farense no coração”
QFS
– Já voltou a Faro depois de ter saído? Foi bem recebido?
JA
– Claro
que sim.
QFS
– Ainda se lembra das equipas-tipo que utilizou nessas épocas?
JA
– Sim.
Não havia muitos jogadores...
QFS
– Quais os melhores jogadores que orientou no Farense?
JA
– Orientei
um excelente lote de jogadores mas posso salientar António Gouveia,
Besirovic, João Oliveira Pinto, Eugénio, Miguel Serôdio, Hajry,
Marco Nuno, Carlos Costa, entre outros.
QFS
– E sem ser do Farense?
JA
– Foram
tantos…
QFS
– Ainda mantém contacto com alguém dessa passagem pelo S. Luís?
JA
– Sim,
com alguns ex-funcionários.
QFS
– Apesar dos problemas extra-futebol por que passou no Farense,
ficou com o clube no coração?
JA
– Claro
que sim.
QFS
– Recorda com saudade o apoio dos adeptos?
JA
– Obviamente
que sim. Fui sempre bem tratado.
QFS
– Além do Farense, quais os clubes que mais gostou de treinar?
JA
– Todos
deixaram boas recordações.
QFS
– Está há alguns anos afastado do futebol, especialmente da alta
roda do futebol português. Porquê?
JA
– Porque
estive a treinar um dos grandes clubes do futebol suíço, o
Servette.
“O
Farense é um clube com uma mística especial”
QFS
– Antes da carreira de treinador, o João Alves teve uma brilhante
carreira como jogador – um dos melhores portugueses dos anos 70 e
80, um dos primeiros a jogar no estrangeiro... Sente o reconhecimento
do público ainda hoje?
JA
– Claro
que sim.
QFS
– Quais os melhores jogadores com quem jogou?
JA
– Joguei com grandes
jogadores em vários clubes em Portugal, Espanha e França e seria
injusto destacar alguém.
QFS
– Como se descreve enquanto treinador? Qual é o seu perfil de
técnico?
JA
– Gosto
pouco de falar de mim. Prefiro que sejam os outros a fazê-lo.
QFS
– Por último, gostaria de deixar uma mensagem para os adeptos do
Farense?
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